Seal of the Eclipse, um promissor Castlevania feito por fãs

Eu sou um grande apaixonado pela série Castlevania e assim como muitos, tenho sofrido com a maneira como a Konami tem a tratado. Tirando o Grimoire of Souls, capítulo este que chegou em 2019 apenas para dispositivos mobiles, lá se vão mais de 13 anos desde o lançamento do Order of Ecclesia, último jogo da franquia em duas dimensões — e para piorar, nem temos previsão para um retorno.

Castlevania: Seal of the Eclipse

Crédito: Divulgação/Dracula9

Portanto, enquanto aqueles que cuidam da marca preferem explorá-la através do lançamento de coletâneas e até mesmo da venda de NFTs, nos resta recorrer a jogos parecidos criados por outras empresas e até mesmo ao trabalho de fãs. Verdade seja dita, não é muito comum vermos a comunidade criando algum Castlevania, mas isso poderá mudar com um jogo chamado Seal of the Eclipse.

Apesar do projeto estar em produção há bastante tempo, foi apenas nos últimos dias que passamos a conhecer maiores detalhes sobre ele e considerando o que foi mostrado até aqui, é difícil não ficarmos empolgados.

A história do Castlevania: Seal of the Eclipse se passará em 1999, período conhecido no universo da franquia como a Demon Castle War. Foi nela em que as forças do bem e do mal travaram uma enorme batalha que culminou na destruição do Conde Drácula. Citado pela primeira vez no Castlevania: Aria of Sorrow, a ideia é explorar melhor um dos eventos mais importantes da saga.

No jogo o protagonista será Julius Belmont, mas assim como acontecia no Castlevania III: Dracula’s Curse, outros personagens poderão ser controlados. Porém, enquanto a maior fonte de inspiração para o enredo seja a própria franquia da Konami, quando se trata da jogabilidade e da estética os criadores do Seal of Eclipse buscaram outra referência, mais precisamente os dois Bloodstained: Curse of the Moon.

Crédito: Divulgação/Dracula9

De acordo com Dracula9, um dos responsáveis pelo desenvolvimento, com o Castlevania: Seal of the Eclipse a intenção é focar menos “na exploração, no backtracking (que é o ato de voltar a áreas já exploradas) e na solução de quebra-cabeças.” Ele admite que este não é um conceito novo, mas que devido aos objetivos serem menores em escopo, “isso permite uma exploração mais intensa de como obter esses elementos-chave da maneira correta.

Mas se essas ideias parecem interessantes, é apenas vendo o Seal of the Eclipse em ação que temos uma melhor noção da qualidade que a equipe pretende entregar. No primeiro trailer divulgado por eles fica claro a paixão desse pessoal e o quão fiel o jogo deverá ser em relação à franquia, um trabalho que poderá superar até mesmo muitos títulos indie que tem sido lançado ultimamente.

Ou seja, temos aqui algumas pessoas que parecem conhecer a série, que possuem talento na parte artística e de programação, mas assim como acontece com muitos jogos criados por fãs, é preciso levar em consideração dois fatores. O primeiro deles é a própria dedicação ao projeto, o que pode mudar de uma hora para outra. Já o outro é ainda pior, que é o risco de os detentores da marca exigirem a interrupção do desenvolvimento.

Quanto a essa segunda parte, Dracula9 deixou o seguinte recado no trailer divulgado por eles:

Assumir que ignoramos o risco é um erro de julgamento da nossa inteligência. Uma decisão consciente foi tomada com base em todas as informações que possuímos e decidimos por tomá-la mesmo assim. ‘Esconder-se’ não é tão eficaz quanto alguns podem pensar e é uma subestimação grosseira da consciência online de qualquer empresa.

Todos vocês são livres para discordar da decisão e até mesmo pensar que é tolice, este é o seu direito e prerrogativa, mas por favor, não cometa o erro de pensar que anunciamos isso descuidadamente sem pensar no que PODE acontecer.

Talvez esta confiança se deva ao fato de a Konami declaradamente não criar muita objeção a projetos não-comerciais que utilizem suas marcas, mas isso não quer dizer que a empresa não pode optar por impedir a criação do Castlevania: Seal of the Eclipse. Há alguns anos a editora japonesa exigiu que um remake do Metal Gear Solid que estava sendo criado por fãs fosse interrompido, então, quem garante que o mesmo não acontecerá aqui?

A minha torcida evidentemente é para que os executivos da empresa façam vista grossa para este jogo, pois já que a Konami não faz, então que pelo menos deixe os fãs nos agradar. E se isso acontecer, que os deuses dos videogames deem força para que Dracula9 e seus companheiros consigam encarar este desenvolvimento até o fim.

Fonte: DSOGaming

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